sexta-feira, 10 de julho de 2015

Pressure - 2015





Ficha Técnica: 

  • Ano: 2015
  • Direção: Ron Scalpello
  • Duração: 91 min.
  • Gênero: Suspense, Thriller, Drama
  • Origem: Reino Unido
  • Elenco principal: Danny Huston, Matthwe Goode, Joe Cole, Alan Mckenna.



Sinopse: 

A história é sobre um grupo de homens que tentam reparar um óleoduto, mas após uma breve tempestade, ficam presos no fundo do mar .





Minha opinião:


Um filme denso e agoniante, pois tu fica na expectativa do que vai acontecer.
O desenrolar é um tanto lento, as cenas com um pouco mais de emoção são rápidas e raras. Fãs de ação não irão curtir o filme que é meio paradinho, mas o final realmente tem um final não esperado, e quando pensei que já sabia o que ia acontecer na próxima cena caí do cavalo.


Com alguns atores já conhecidos como Danny Huston (O Jardineiro Fiel, Maria Antonieta, A Proposta, O Aviador, Filhos da Esperança, 21 gramas, Anna Karenina, entre outros.). 





Matthew Goode ( Match Point, Imagine eu e Você, Watchmen, The Good Wife, The Imitation Game, entre outros.) .







Alan Mckenna ( Bessie, Segundo em Comando, Um lobisomen Americado em Paris, entre outros) e o não tão conhecido Joe Cole (Skins, Offender, Agora e Para Sempre, entre outros ).







E o não tão conhecido Joe Cole (Skins, Offender, Agora e Para Sempre, entre outros ).







Filme bom, com boas atuações, e no meu ponto de vista destaque especial para o já consagrado Danny Huston ( irmão da Anjelica Huston), que não deixa a desejar em sua atuação.





terça-feira, 7 de julho de 2015

Backcountry - 2014

Ficha Técnica: 

  • Ano: 2015
  • Direção: Adam MacDonald
  • Duração: 1h35
  • Gênero: Suspense, Terror, Drama
  • País de Origem: Canadá
  • Elenco principal: Missy Peregrym, Jeff Roop, Eric Balfour, Nicholas Campbell.

Sinopse: 

Jenn (Missy Peregrym), uma executiva que vive ocupada, é, finalmente, convencida pelo seu namorado Alex (Jeff Roop) a embarcar com ele em uma viagem para o campo, a fim de fugir das pressões da cidade grande. Após um inquietante encontro com um estranho homem, Brad (Eric Balfour), em sua primeira noite no meio da floresta, eles seguem viagem. Mas depois de três dias, os dois se encontram perdidos, sem comida ou água. Até que eles percebem que entraram no território de um urso predatório.



Minha opinião:


O filme ( supostamente) é baseado em uma história real, mas pesquisando eu vi que a história  não  é muito lá parecida.
Backcountry é o filme de estréia do diretor/roteirista Adam Macdonald.
É um filme denso, com bastante tensão nas cenas de ação, de roteiro simples e de decorrer lento.
Demorei cerca de um mês para ver, mas quando vi não me decepcionei, mesmo com o final não esperado.







Os atores desenvolvem bem o papel, e a personagem de Missy Peregrym é uma inspiração com sua força e vontade de viver.
O Diretor deixou a desejar em alguns poucos momentos, como na experimentação de efeitos de câmera que me deixaram um tanto confusa, pois tinha a impressão de estar tremento a tela , mas mesmo assim vale a pena assistir pois a trilha sonora é bacana, a fotografia linda e a edição também.



Um pouco mais:


Como disse anteriormente o filme é baseado em uma história real, sobre o ambientalista norte-americano Timothy Treadwell e sua namorada Amie Huguenard, que em 2003 foram mortos e parcialmente devorados, no Katmai National Park.
Para saber mais:

sábado, 17 de janeiro de 2015

Entre elas ( Sister my sister - 1994 )


Ficha Técnica:


  • Ano: 1994
  • Direção: Nancy Meckler
  • Duração: 104 minutos
  • Gênero: Drama, GLBTT
  • País de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
  • Elenco principal: Jodhi May, Joely Richardson, Julie Walters, Sophie Thursfield





Sinopse:

Baseado na história real das irmãs Papin, a trama se passa na França, por volta de 1930, época que trabalhar como criada exigia, antes de mais nada, submissão. Christine sabe bordar, cozinhar e trabalha sem receber muito como criada na casa da rígida madame Danzard. Quando sua irmã Lea passa a trabalhar ao seu lado, madame Danzard acreditou que estava levando vantagem, pois as duas trabalhavam bem e ocupavam pouco espaço, dormindo no mesmo quarto. O foco principal do drama é a provocante relação entre as irmãs. Ambas foram criadas num convento e a personalidade forte e tempestuosa de Christine cria um domínio com a fragilidade de Lea, cinco anos mais nova. Com o passar do tempo, as duas passam a desenvolver um comportamento cada vez mais forte e incontrolável.


Minha opinião:


O filme é baseado na história real das irmãs Papin., um caso polêmico que chocou a França dos anos 30.
Fiquei apreensiva do começo ao fim, várias cenas densas e , dê certo, um tanto incômodas para o telespectador.
O elenco conta com Julie Walters ( Harry Potter, Billy Eliot, Mamma Mia! etc ) como Madame Danzard, uma senhora abusiva e rígida, mãe de Isabelle Danzard , interpretada por Sophie Thursfield (O jardim secreto, The Girl in a swing, God on the rocks) , uma jovem submissa aos caprichos da mãe.Conta também com a participação da já conhecida atriz britânica Joely Richardson ( NiP Tuck, 101 Dalmatas, The Tudors, Os homens que não amavam as mulheres,O enigma do colar,O patriota, etc), interpretando Christine, a criada "perfeita" da senhora Danzard. Ela borda, cozinha, é submissa e não fala. Esconde em si uma mágoa profunda da mãe por ser deixada no orfanato/convento onde foi criada. Sem contatos com outras pessoas, ela se isola dentro de seu próprio orgulho e se prende a única lembrança doce de sua vida: sua pequena irmã, Lea.
Lea , interpretada pela inglesa Jhodi May (Um mundo aparte, O último dos moicanos, A outra, Um ato de liberdade,etc ), revela outro lado das irmãs Papin, uma garota ingênua, sem malícia, deslumbrada com a possibilidade de trabalhar numa casa rica , ganhar seu próprio dinheiro e ficar ao lado da irmã.


Entre elas  é um filme denso, com uma atmosfera carregada de tensão, não tanto por ser temática LGBTT, mas pelo clima incestuoso que percebe-se entre as irmãs.
Existe muito de especulação sobre o suposto caso das irmãs Papin, marketing e polêmica, afinal as cenas "quentes " do filme, foram de certo "imaginadas", pois em nenhum momento isso é dito, nem no julgamento nem ninguém presenciou nada entre elas, além da cena fina que , me parece de fato ter sido presenciada.
É um filme que vale mais a pena pela atuação da atriz Joely Richardson, do que pela história , que de fato achei um tanto perturbadora.



Um pouco mais:


Filme completo YOUTUBE ( acima )




Nesse blog fala a respeito da história real:História das Papin




terça-feira, 26 de agosto de 2014

5 Centimetros Por Segundo (秒速5センチメートル, Byōsoku Go Senchimētoru)











Quando palavras se fazem necessárias, uma aquarela poética sobre a realidade humana.












Uma flor de cerejeira cai a uma velocidade de 5 centimetros por segundo, essa é uma das primeiras falas da lirica, doce e melancolica obra de Makoto Shinkai, uma dessas joias raras que encontramos meio sem querer e nos trazem grata surpresa e satisfação, não lembro como achei esse filme,  só sei que estava navegando pela net e vi o link com o titulo 5 Centimetros Por Segundo, no mesmo instante fiz uma pesquisa para descobrir do que se tratava, tenho uma fascinação por titulos, pra mim o titulo de um filme é quase tão importante quanto o enredo a direção as atuações etc, enfim pesquisei e descobri tratar-se de um filme de animação japonês, o que me fez ficar ainda mais curioso afinal uma animação com esse nome não é algo que se vê todos os dias, 5 Centimetros Por Segundo é um daqueles trabalhos que merecem ser visto, muitas pessoas torcem o nariz para esse gênero por tratar-se de um segmento "infantil" mas  5 Centimetros Por Segundo quebra esse paradigma desde seus primeiros minutos.


A pelicula conta a historia da amizade entre dois jovens, um garoto Takaki Toono e uma garota Akari Shinohara, que se conhecem no ensino primario e desenvolvem uma forte ligação até que são obrigados a se separar devido a uma mudança de Akari, a distancia no entanto não acaba com a amizade que permanece atravez de cartas que ambos utilizam para se comunicar, o filme é dividido em três capitulos que mostram diferentes momentos da vida de seus protagonistas, o primeiro, Flor de Cerejeira, mostra a construção da amizade a separação e o reencontro durante uma tempestade após um longo periodo sem se ver, aqui aparecem algumas das principais metáforas do filme o trem e a arvore no inverno e tambem o vazio da imensidão em que se encontram, 5 Centimetros Por Segundo trata disso, do amor e da solidão esmagadora em que muitas vezes nos colocamos, seu segundo capitulo Cosmonauta, se passa quando Takaki esta terminando o ensino medio e o ultimo que compartilha o titulo do filme, quando ambos já são adultos.
5 Centimetros Por Segundo é um daqueles filmes que te faz sentir-se nostalgico pelo fato de que praticamente todo mundo deixou alguem pra traz na vida, todos perderam um amor, uma amizade, por causa do tempo e da distancia, mas o que 5 Centimetros Por Segundo nos mostra principalmente é que muitas vezes não perdemos as pessoas porque elas se mudaram pro outro lado do pais e sim porque nós não tivemos tempo ou disposição para diser-lhes o quão importante era te-las em nossas vidas, 5 centímetros por segundo não é algo tao veloz assim mas é o titulo perfeito pra uma obra como essa pois essa pode ser a velocidade em que nos distanciamos das pessoas que amamos, das pessoas que nos fazem falta, que nos são caras, o problema é que por esse distanciamento ser assim tão lento ou melhor natural só se torna perceptível quando a distancia já se faz grande demais para ser enfrentada isso é o que Takaki só percebe ou aceita quando já se transformou na arvore seca sobre a qual descobriu seu amor.

Quando eu comecei a escrever mensagens que nunca envio?

E quantos já não passaram por isso, quantos não ignoraram aqueles q nos orbitam pela lembrança e/ou esperança de ter algo em que no profundo intimo já se sabe que perdeu o trem que leva Takaki ao encontro de Akari pode ser visto tambem como uma linha que divide a historia dos dois e de todos porque não.

Um filme de curtissima duração, são apenas 1 hora e 2 minutos, nos faz refletir sobre o quão duro é ser humano e ter que encarar as terriveis situações em que as palavras se fazem nescessarias e mesmo assim são deixadas de lado pelo medo da rejeição, pela covardia da duvida, a cançao que encerra o filme trata exatamente disso  “One more time, One more chance”, de Masayoshi Yamasaki foi composta em homenagem à sua namorada falecida no terremoto de Kobe em 1995, 5 Centimetros Por Segundo é lindo, triste e terrivelmente verdadeiro ao usar um anime para descrever uma situação totalmente humana, Shinkai faz por merecer a alcunha de " O Novo Hayao Miyazaki" sinceramente não vi nenhum outro trabalho de Shinkai por isso digo que compara-lo ao homem que fez meu filme predileto (A Viagem de Chihiro) é ser um pouco afobado, mas pela qualidade, delicadeza e brilhantismo demonstrado em 5 Centimetros Por Segundo eu diria que ele esta no caminho mais que correto.

sábado, 23 de agosto de 2014

The Good Wife - ( Série )





Como não amar A Boa Esposa.








Ela não é linda, mas possui um charme e uma elegância que a torna extremamente fascinante e atraente, com um leve ar de Catherine Deneuve com sua expressão fria e inacessível por muitas vezes Saint Alicia parece ser impassível, impenetrável como se nada de fato a atingisse, mas ao acompanhar sua trajetória de dona de casa e mãe de familia do suburbio da Windy City casada com o procurador do estado, a mulher traida e a beira da bancarrota, assistimos uma brilhante e ate inspiradora metamorfose e vemos sua carapaça se abrir para revelar uma mulher forte, decidida, cetica, que ama seus filhos acima de tudo, mas que ainda assim não deixa de lado a frieza e o ar frigido, nesse ultimo caso apenas uma errônea impressão diga-se de passagem, sentar-se em frente a tela pra ver Alicia Florrick se transmutar em uma advogada genial é acompanhar o triunfo da vontade, a força da decisão e da dedicação humana transpondo as barreiras do caminho sem qualquer constrangimento ou medo das cicatrizes, é bem verdade que Mrs Florrick tem uma ajuda aqui outra ali, mas isso não diminui o fato de que vê-la em seu cotidiano é como assistir, salvo as devidas proporções, a um tornado passar, a boa esposa é um fenômeno da natureza.
The Good Wife passa na globo dos estates a CBS, isso significa basicamente que a serie não foi feita pra ser primorosa ou ganhar premios e sim para dar audiencia e gerar lucro assim como suas colegas de emissora CSI, NCIS e Criminal Minds, não que essas series não sejam boas ou a emissora não tenha excelentes esquetes como How I Meet You Mother, The Big Bang Theory ou Two and a Half Man, mas nenhuma dessas series possui algo que TGW possui, a cara da tv fechada, leia-se HBO, é como se TGW estivesse ali por um erro já que não perde em nada em termos de direção, roteiro, cenografia e principalmente interpretação para series como Mad Men por exemplo, o mais surpreendente disso é o fato da serie ser procedural e ainda assim surpreendente, a trama navega entre os imbróglios jurídicos do dia a dia de um escritorio de advocacia de Chicago e os dramas pessoais de seus personagems.



O maior trunfo de The Good Wife esta na questão de seus interpretes, poucas series conseguiram juntar tantos atores bons, mas do que isso, conseguiram fazer tantos atores terem grandes interpretação em participação especial, não a toa a serie é uma das mais aclamadas pela critica nas terras do tio Sam e já recebeu inumeros premios, seus personagems possuem cada um seus proprios interesses, seus proprios motivos, ninguem é santo em TGW, nem mesmo Saint Alicia que é magistralmente interpretada por Julianna Margulies q já recebeu um Emmy e um Globo de Ouro pelo trabalho, Julianna parece ter nascido pra ser Alicia ou vice versa é algo que acontece com praticamente todos os personagems parecem ter sido escritos especificamente para seus interpretes até mesmo o eterno Mr. Big Chris Noth entrega um trabalho digno como Peter Florrick, o marido politico e infiel que acaba se tornando ao mesmo tempo uma vantagem e um estorvo na vida de Alicia. e o que dizer do fantastico Josh Charles e seu Will Gardner, amigo de escola que ajuda Alicia a voltar a advogar quando seu mundo desaba em rede nacional após a divulgação das infidelidades de seu esposo, Will e Alicia são um daqueles casais que não deram certo porque alguem não quis ceder mas que no final ambos gostariam de ter cedido e esse sentimento ficou hibernando la no fundo até acordar quando talvez já fosse tarde.
Ainda há uma leva de grandes interpretações, como Christine Baranski que da a Diane Lockhart uma elegancia e austeridade assombrosa que fascina a todos tanto que tenho mais de uma amiga estudante de direito que já me disse que quando crescer quer ser Diane Lockhart, se for para se inspirar em um personagem eu particularmente prefiro Eli Gold (Alan Cumming), o lobista de Peter que em sua primeira aparição é descrito por um dos personagems como um conselheiro de guerra, seu cinismo sua antipatia e seu calculismo são algo de fantastico, outro merecido destaque é Kalinda Sharma (Archie Panjabi),  mais uma das Femme Fatale da serie a investigadora sexy misteriosa brilhante e ambigua que nunca se envolve com ninguem, que não confia em ninguem, de cuja a qual ninguem sabe nada, mas que sabe tudo de todos e faz todos se sentirem envolvidos por ela, entre eles o rival e aliado de Alicia, Cary Agos (Matt Czuchry) outro que não deixa a qualidade da serie vacilar, mas se poderia falar de todos os personagems o genial e perigoso Louis Canning (Michael J. Fox) a espevitada Elsbeth Tascioni(Carrie Preston) o leal e etico Clarke Hayden (Nathan Lane) o maquiavelico e traiçoeiro David Lee (Zach Grenier) e algums dos principais clientes de Alicia o cinico milionario que é quase um psicopata ninfomaniaco Colin Sweeney (Dylan Baker) e o traficante Lemond Bishop (Mike Colter) pra quem gosta de um bom roteiro bem interpretado a poucas coisas na tv com a qualidade e o pedigree de The Good Wife.
A serie era originalmente produzida por Ridley Scott e seu irmão Tony Scott, após o suicidio de Tony em 2012 Ridley assumiu o comando sozinho, o drama foi criado e é até hoje escrito pelo casal Robert Michelle King de In Justice ambos veteranos do segmento legal drama na tv americana, assinam tambem a produção executiva do seriado é desnecessário dizer que trata-se do melhor trabalho da dupla que sabe amarrar a trama de uma maneira única temperando tudo com uma forte dose de tensão de todo tipo, politica, social e principalmente sexual, apesar das poucas e pontuais cenas de sexo todas são extremamente bem feitos e possuem seu ar particular desde uma transa sem compromisso até o sexo violento passando pelo amor.
O que mais me chama a atenção em TGW é o fator consistência, mesmo após 5 temporadas a serie permanece entregando enredo direção e atuação de primeiríssima linha, tudo isso como já citado sem deixar de surpreender e as vezes até chocar, é uma daquelas tramas que voce espera tudo menos o que aconteceu e no fim percebe o quão genial é o casal King e por que é tão dificil se distanciar da boa esposa após conhece-la como se ela o atrai-se para a sua teia onde tantos personagens brilhantes habitam a Season 6 já foi confirmada e sera lançada ainda esse ano em 21 de Setembro da tempo de se deixar envolver e se surpreender com o mundo juridico de Chicago.
E confirmando o calibre da serie outros grandes nomes devem entrar na trama nessa nova etapa entre eles o sempre otimo Taye Diggs e Matthew Goode q volta como o promotor Finn Polmar prometendo assim novas reviravoltas tensão e surpresas para a nova season.
TGW surgiu na minha vida quase sem querer em um dia na hora do almoço em que coincidentemente me sentei na frente da TV e sintonizei no Universal Chanel canal que transmite a serie aqui em terras tupiniquins, e calhou de estar passando justo o episodio numero 1 da season 1, foi amor a primeira vista, se voce quer se apaixonar ou simplesmente se distrair de uma chance a TGW quem sabe após um tempo voce podera assim como eu dizer sem constrangimento algum "I love you mrs Florrick".


terça-feira, 3 de junho de 2014

A festa de Babete - (Babettes gæstebud - 1987)

A Festa de Babete é um filme dinamarquês de 1987, do gênero drama, dirigido por Gabriel Axel, e com roteiro baseado em conto de Karen Blixen.


Oscar 1988 (EUA)
  • Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.
BAFTA 1989 (Reino Unido)
  • Venceu na categoria de melhor filme em língua não inglesa.
  • Indicado nas categorias de melhor atriz (Stéphane Audran), melhor fotografia, melhor direção, melhor filme e melhor roteiro adaptado.
Festival de Cannes 1987 (França)
  • Recebeu o Prêmio Ecumênico.
Globo de Ouro 1989 (EUA)
  • Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.
Festival du Cinéma Nordique de Rouen 1988 (França)
  • Recebeu os prêmios da audiência e do Grande Júri.


Sinopse

Dinamarca, século XIX. Filippa (Bodil Kjer) e Martine (Birgitte Federspiel) são filhas de um rigoroso pastor luterano. Após a morte do religioso surge no vilarejo Babette (Stéphane Audran), uma parisiense que se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhou um grande prêmio na loteria e oferece-se para preparar um jantar francês em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os paroquianos, a princípio temerosos, acabam rendendo-se ao banquete de Babette.




Filme completo no YOUTUBE ( acima )


Minha opinião

Estou finalizando meu curso de eventos, e minha professora que leciona A&B ( Alimentos e Bebidas), passou esse filme como um trabalho extracurricular.
Na verdade nunca nem tinha ouvido falar, talvez porque ele "nasceu" no mesmo ano que eu rs.
Achei Babete um filme de fato interessante, é simples.
Você não percebe a passagem do tempo e o filme é contado pelo olhar de Babette.
Achei um filme super sutil, e para meu espanto eu gostei.
As irmãs foram criadas pelo pai, num vilarejo minúsculo na costa Dinamarquesa,e conforme os ensinamentos e da religião, vivem uma vida simples, sem luxos, e após a morte do pai seguem ensinando a ceita aos idosos do vilarejo. Quando Babete chega ao vilarejo, refugiada da repressão à Comuna de Paris, ela é ensinada a cozinhar da maneira como eles comem, sem temperos, sem variação de cardápios, pois de acordo com a fé deles, isso é uma tentação da carne, que eles não devem ceder.
Após muitos anos de trabalho ( muitos mesmo rs ), Babete recebe a notícia de que ganhou na loteria, e que está rica. A noticia coincide com o aniversário do pai ( já falecido ), e Babete se oferece para preparar o banquete.
um filme simples, poético, que aborda sobre se doar aqueles que ama, religiosidade, fé e culinária ( porque não?!) .
Vale a pena assistir.

domingo, 30 de março de 2014

Perdidos na Noite - ( Midnight Cowboy 1969 )



 No frio de Nova Iorque dois homens tentam encontrar seu caminho.



Violência! essa é a palavra que melhor define Nova Iorque, não só a violência criminosa, mas principalmente a violência no trato com as pessoas nas relações humanas, a cidade predileta de alguns dos meus cineastas prediletos, é um lugar violento, sujo e nada hospitalar, seu transito caótico, o barulho de buzinas, os toldos cobrindo uns aos outros os arranha-céus imponentes, estalagmites desafiando os deuses, Nova Iorque pulsa o ódio aos fracos, a pressão de se superar e o sentimento de ser o maior, o melhor, um sentimento que é maior que um desejo, que é mais que uma necessidade é uma obrigação, mas que vem como algo natural como se a cidade tivesse nascido pra isso e com sua falta de jeito e total despreocupação em ser simpática e calorosa obriga a todos que ousarem viver ali a serem igualmente grandiosos, não a lugar no mundo mais atraente e mais cruel que Nova Iorque.

Tudo isso nos é obvio e comum, mas a 45 anos atrás Nova Iorque ainda enganava jovens rapazes ingênuos vindos do interior do Texas, não que Joe Buck (Jon Voight) seja um tolo por completo, seu objetivo na Big Apple é um só, enriquecer trabalhando como garoto de programa de luxo para senhoras ricas, aqui pra nós, mesmo em 1969 essa era uma ideia ruim, mas o cowboy é ingênuo e burro demais para perceber e passa por uma serie de desventuras até por sorte - mas nem tanto - encontrar  Enrico Salvatore Rizzo (Dustin Hoffman), assim que bate os olhos em Joe o marginal deficiente "Ratso" percebe uma chance de se dar bem, e não deixa a oportunidade de se aproveitar do rapaz passar, ao perceber que foi usado Joe tem uma leve melhora no seu estado de ingenuidade e passa a ficar um tanto mais atento a cidade que resolveu chamar de sua.




Perdidos na Noite não é um filme para muitos, afinal é uma daquelas historias em que desde o primeiro minuto você percebe que tudo dará errado, mas la você fica para apreciar a degradação humana, mesmo porque não existe lugar melhor para se desconstruir um homem do que as ruas poluídas de Nova Iorque.

Durante quase toda a projeção Ratzo e Joe são os únicos personagens em cena, já que do golpe de Ratzo acaba nascendo uma amizade com tons um tanto homo eróticos, uma fantástica batalha de interpretações que rendeu indicações ao Oscar de melhor ator a Voight e Hoffman, nesse que foi apenas o quarto trabalho de Voight no cinema, alias a muito tempo não via um bom filme seu e foi legal lembrar que aquele tiozinho com cara de antipático mais lembrado por A Lenda do Tesouro Perdido e por ser pai de Angelina Jolie, foi ( e quem sabe ainda é) um ótimo ator, capaz de convencer no papel de um completo tapado metido a garanhão, do outro lado Hoffman, mais um que a tempos não faz nada acima da media, nos faz lembrar porque ele é um dos maiores de todos os tempos com seu malandro amargurado e castigado pela vida, alem deles a excelentes tipos interpretados por John McGiver, Barnard Hughes, Brenda Vaccaro e Sylvia Miles essa ultima indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por sua atuação de apenas 6 minutos, alias nenhum dos outros aparece por muito mais tempo que isso e todos ilustram a violência e barbárie da alma de Nova Iorque.


John Schlesinger dirige o filme de uma maneira frenética e ao mesmo tempo lenta o que da a película uma atmosfera particular, mas que é magistralmente conduzida por ele, talvez até por trabalhar com um tema tão comum a suas obras a Homossesualidade, de toda a forma valeu o tempo parado em frente a tv, mesmo não se tornando um dos meus prediletos é um trabalho que merece ser visto, mas salvo aviso, com um enredo denso e por vezes até cansativo Perdidos na Noite não é para madrugadas impacientes e mesmo com disposição não é tão simples gostar do filme e de seus personagens, mas particularmente quando for a Nova Iorque algo me diz que me lembrarei com carinho do cowboy da meia noite e seus fantasmas e de seu parceiro Rico "Ratzo" e seus demônios.